Uma reunião entre servidores grevistas da área da Saúde na Capital, o secretário municipal da Saúde, Carlos Casartelli, e a presidente da Câmara de Vereadores da Capital, Sofia Cavedon (PT), acabou sem acordo sobre o possível fim da paralisação, que entrou hoje no segundo dia. Na segunda-feira, o Ministério Público (MP) apresentou uma proposta para que, no período de seis meses, seja suspenso o projeto de lei da Prefeitura determinando que os funcionários cumpram 40 horas semanais, com o pagamento de gratificação, a fim de que se estude um plano de carreira para os servidores. A categoria quer a regulamentação de 30 horas semanais, sem alteração de salário.
O diretor do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre, Raul Giacobone, disse que os servidores aceitaram a proposta, mas o secretário Casartelli se manteve irredutível. A sugestão do MP foi apresentada pela promotora Ângela Rotunno. O líder sindical afirmou que a tendência é de que o movimento se radicalize, com o crescimento da adesão do funcionalismo à greve, caso a Prefeitura não colabore para um acordo.
Nesta quinta-feira, os grevistas farão uma manifestação em frente à Prefeitura, durante a manhã. Para as 14h, os servidores marcaram assembleia-geral, no Clube do Comércio.
De acordo com o sindicato, 42 das 65 Unidades Básicas de Saúde da Capital fecharam hoje em função da greve. Paralisaram atividades técnicos em enfermagem, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, assistentes administrativos, servidores da manutenção e farmacêuticos. Médicos continuaram trabalhando normalmente. A prefeitura não confirmou os números fornecidos pelo sindicato alegando não ter realizado levantamento sobre a greve.
Durante a tarde, o prefeito José Fortunati disse que o governo mantém a postura de não regulamentar, em um plano de carreira, as 30 horas semanais defendidas pelos servidores.
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