Da Redação
Os servidores públicos federais ligados ao Sindijufe (Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal) foram protagonistas de uma cena de constrangimento em evento com o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na tarde desta sexta.
Durante o discurso do ministro Ricardo Lewandowski, os sindicalistas entraram no auditório do Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo e fixaram uma faixa, reivindicando revisão salarial.
Assessores e cerimonialistas tentaram convencer os sindicalistas a não continuarem com o protesto. Em silêncio, e vestindo camisetas pretas, os servidores permaneceram no local.
De acordo com Ricardo Rocha, coordenador geral do Sindijufe-MS, a reivindicação é para que os salários dos servidores federais sejam reavaliados. “Nosso último reajuste foi em 2006. a defasagem dos ganhos é algo que está congelado há quatro anos. A intenção é que o ministro Lewandowski leve o pedido para que seja elaborado projeto, para ser votado no Congresso”, disse Ricardo.
Segundo o sindicalista, o pedido de revisão salarial contempla recomposição de 30% sobre a inflação no período de 2006 a 2010. Em algumas categorias, os ganhos podem ter recomposição de até 56%.
O Sindijufe reúne os servidores das justiças Eleitoral, Federal, Militar da União e do Trabalho. Somando-se os trabalhadores do MPU (Ministério Público da União), o número de pessoas que aguardam decisão sobre a revisão salarial.
Os sindicalistas também são contrários à aprovação do PLP 549/09, que, segundo Rocha, “congelaria” os salários e investimentos em reforma e ampliação de prédios por um período de 10 anos. “Isso barra o crescimento do setor público”, argumenta o coordenador do Sindijufe.
Segundo Rcardo Rocha, o PLP 549/09 versa que a despesa de pessoal, reforma e ampliação de prédios não pode ser superior à folha de pagamento do ano anterior, acrescido do IPCA, mais 2,5%, ou sobre a variação do PIB (Produto Interno Bruto).
O presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, participa em Campo Grande de encontro com os presidentes dos tribunais regionais eleitorais.
Fonte: Jornal do povo de Três Alagoas.